Medicina

Medicina, derivada do latim ars medicina, significa a arte da cura.
A medicina é uma das áreas do conhecimento humano ligada à manutenção e restauração da saúde. Ela trabalha com a prevenção e cura das doenças humanas num contexto médico.

O conceito de Medicina tradicional refere-se a práticas, abordagens e conhecimentos, --- incorporando conceitos materiais e espirituais, técnicas manuais e exercícios, aplicados individualmente ou combinados, a indivíduos ou a coletividades, de maneira a tratar, diagnosticar e prevenir doenças, ou visando a manter o bem-estar.

A atual prática da medicina utiliza em seu favor conhecimentos obtidos por diversas ciências (uma vez que ela própria não é uma ciência). Trata-se, na verdade, de várias ligações das ciências relacionadas à saúde. Em um conceito estrito, a Medicina busca a saúde humana por meio de estudos, diagnósticos e tratamentos, e no conceito mais amplo, aliviar o sofrimento humano e manter o seu bem-estar global. De modo geral, a Medicina engloba os campos de clínica médica, cirurgia, pediatria, tocoginecologia e saúde pública.

História da Medicina no Brasil

A Academia Nacional de Medicina é uma instituição médica centenária, fundada no Brasil em 1829 pelo Dr. Souza Meireles sob o nome de Sociedade de Medicina. Posteriormente foi chamada


Academia Imperial de Medicina.

Até o século XIX floresciam curandeiros, alguns charlatães, feiticeiros. O primeiro médico prático do Rio de Janeiro foi Aleixo Manuel, o velho, em meados do século XVII. Os caboclos empregavam a vaga medicina dos pajés e os negros, seus amuletos e ervas. Em certas ruas, barbeiros apregoavam drogas, faziam sangrias. Não havia Faculdade de Medicina e os cariocas que desejavam curar seus semelhantes eram obrigados a ir estudar em Coimbra. A medicina do tempo do Primeiro Reinado, embora D. João VI tivesse trazido alguns bons médicos para o Rio de Janeiro, era do "tipo caseiro": rodelinhas de limão nas frontes para enxaquecas, suadouros de sabugueiro e quina, para as febres: cataplasmas contra as asmas: antipirina para as dores de cabeça; banhos de malva para as dores nas cadeiras; um "cordial" contra a insônia e, para os loucos, o Hospício, na Praia Vermelha.

Após abrir os portos do Brasil às nações amigas de Portugal, D. João VI assinou, em 18 de fevereiro de 1808, o documento que mandou criar a Escola de Cirurgia da Bahia (Atual UFBA) e deu início ao ensino da medicina no país.

Ciências médicas e profissões médicas

Para formar-se médico o aluno deve estudar em uma Faculdade de Medicina, em período integral, durante seis anos. Após formar-se médico, pode-se fazer especialização, sendo a mais importante a residência médica, com duração de dois anos ou mais, dependendo da especialidade e sub-especialidade. Para entrar em um programa de residência médica, o médico deve ser aprovado e classificado em concurso de âmbito nacional.

As especialidades médicas, as subespecializações e as áreas de atuação

A medicina tem muitas especializações possíveis, algumas subespecializações e as denominadas "áreas de atuação".
No Brasil elas são regulamentadas em Resolução expedida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

Algumas disciplinas ministradas durante o curso de medicina:

• Anatomia é o estudo da estrutura macroscópica física dos organismos. Estuda as grandes estruturas, o esqueleto, a musculatura, os vasos sanguíneos arteriais e venosos, bem como os vasos linfáticos e nervos, órgãos e estruturas anexas.

• Bioética é o estudo do relacionamento entre biologia, medicina e filosofia, especialmente da disciplina ética e metafísica.

• Cirurgia cardiovascular atua na cirurgia do coração.

• Citologia é estudo das células individuais e de suas estruturas internas.


• Embriologia é o estudo do desenvolvimento dos organismos a partir da união dos gametas, as células sexuais parentais, que dão origem ao ovo ou zigoto que, por sua vez, se desenvolve no embrião.

• Epidemiologia é o estudo quantitativo dos processos de doenças nas populações humanas. Inclui o estudo das epidemias, das endemias, da bioestatística, dos fatores de risco relacionados às doenças entre outros tópicos.

• Farmacologia é o estudo das drogas, desde sua obtenção até suas ações benéficas e prejudiciais ao organismo.

• Fisiatria é a área da Medicina que estuda e trata das consequências das doenças que geram a incapacidade física.

• Fisiologia é o estudo do funcionamento normal do organismo.

• Neurociência é um termo que reúne as disciplinas biológicas que estudam o sistema nervoso, especialmente a anatomia e a fisiologia do cérebro humano.

• Oftalmologia é o estudo das patologias oculares, com sua aplicação no diagnóstico e tratamento clinico-cirúrgico.

• Saúde Pública é a aplicação dos conhecimentos médicos, processados pelos epidemiólogos, com o objetivo de impedir a incidência de doença nas populações.
Especialidades diagnósticas e de imagem

• Anatomia Patológica: É uma especialidade médica responsável pela realização de diagnósticos de várias doenças, inclusive do câncer, por meio de estudo ao microscópio de amostras de células ou tecidos. Os médicos patologistas são os profissionais responsáveis pelos diagnósticos, gerando laudos que orientam tratamentos, estabelecem prognósticos, garantem a qualidade do atendimento médico e são indispensáveis às campanhas e ações preventivas. No Laboratório de Patologia ou de Anatomia Patológica todos os procedimentos são realizados por médicos patologistas e seus auxiliares. Estes profissionais detêm conhecimento altamente especializado para o diagnóstico de doenças, incluindo o câncer, a partir de estudo de materiais obtidos por aspirações, esfregaços, biópsias e cirurgias. Em cada exame o médico patologista seleciona, de forma individual, as amostras para estudo microscópico, não havendo a possibilidade de automatização por máquinas. Exames anatomopatológicos (biópsias, peças cirúrgicas), Exames imuno-histoquímicos e Exames citopatológicos (preventivos, punções, líquidos orgânicos) são procedimentos médicos e devem ser rigorosamente analisados por médicos patologistas ou por médicos citopatologistas, para que sejam executados de forma confiável.

• Bioestatística é a aplicação de estatística ao campo biológico e médico. Ela é essencial ao planejamento, avaliação e interpretação de todos os dados obtidos em pesquisa na área biológica e médica. É fundamental à epidemiologia e à Medicina baseada em evidências.

• Bioquímica é o estudo das reações químicas que acontecem dentro dos organismos vivos e, levando em conta a estrutura e a função dos componentes celulares e da célula como um todo.

• Física médica - utiliza de conhecimentos da Física para chegar a diagnósticos, bem como auxilia no desenvolvimento de novos equipamentos.

• Histologia é estudo de como as células e o material intercelular se unem para formar os tecidos, como o ósseo, o muscular, o conjuntivo etc.

• Imunologia é o estudo das células e moléculas que compõem o sistema imunitário e de seu funcionamento na defesa do organismo contra agentes infecciosos e células cancerígenas.

• Informática médica é o campo de estudo relacionado à vasta gama de recursos que podem ser aplicados na gestão e utilização da informação biomédica, incluindo a computação médica e o próprio estudo da natureza da informação médica.

• Microbiologia é o estudo dos micro-organismos (protozoários, bactérias, fungos e vírus).

• Toxicologia é o estudo dos efeitos das toxinas e venenos vegetais, animais e minerais.

• Ultrassonografia - Estudo do corpo humano através do ultra-som, que forma sombras e ecos nas estruturas do corpo humano.